Seminário propõe fortalecimento da cultura do cacau
Como parte das atividades do Aleluia Ilhéus Festival, o Seminário Florestas de Chocolate, promoveu, na manhã desta quinta-feira, 28, palestras e discussões com foco no fortalecimento da cultura do cacau como vetor de desenvolvimento do município e da região. O seminário contou com participação do prefeito Jabes Ribeiro e do secretário de Turismo, Alcides Kruschewsky.
Segundo a coordenadora regional do Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae), Claudiana Figueiredo, o evento foi construído a partir de uma perspectiva que valorize os pequenos e microempresários da região. “Foi uma oportunidade para que as empresas vinculadas ao conceito de economia criativa pudessem ser potencializadas, a partir de discussões e debates”, comentou Claudiana.
Com o título Indicação Geográfica Sul da Bahia, integração da cadeia produtiva do cacau e chocolate ao turismo, o professor do Instituto Federal Baiano (IFBA) e presidente do Instituto Cabruca, Durval Libânio, mostrou a importância da definição da região cacaueira para o desenvolvimento do turismo. Segundo o professor, a indicação geográfica deve conter aspectos da história do cacau e ativos naturais e culturais. “Com a definição, fica mais fácil integrar a cadeia do cacau à atividade turística”, comentou Libânio.
Um tópico que chamou a atenção do publico e gerou várias discussões foi a apresentação da palestra ‘Vale dos Vinhedos Experiência de Enoturismo na Serra Gaúcha’, ministrado pela coordenadora de administração da Fundação Aprovale, Jaqueline Geremia. Ela falou sobre a formação do circuito do vinho na Serra Gaucha, apresentou atividades turísticas realizadas no local e ratificou a importância da indicação geográfica para formatação da região como produto turístico.
Ainda, Jaqueline demonstrou através de dados numéricos, a importância do turismo para o desenvolvimento social e crescimento econômico das regiões. “A Aprovale gera diretamente 1.200 empregos. Além disso, temos uma produção anual de 20 milhões de litros de vinho por ano, e 25 milhões de litros de espumantes, e já estamos exportando para os Estados Unidos e Alemanha”, informou a coordenadora.
Para o público, essas informações são importantes porque permite aos produtores e empresários locais pensarem em ações semelhantes para o desenvolvimento da região. “O debate é importante porque ajuda a potencializar a economia aqui da região, agregando valor ao cacau, podendo potencializar o turismo, a agricultura sustentável e as atividades sociais”, comentou o estudante universitário Farlei Cosme Gomes dos Santos. Durante o seminário, também foram discutidas a importância do cacau para a economia regional, através de palestra conduzida pelo professor Antônio Costa Zugaib.